Montando Viagem pela Net - Europa

No final de julho/2007, eu e meu marido fizemos uma viagem de 15 dias pela Europa (França, Inglaterra, Bélgica e Holanda). Essa foi a primeira viagem que montamos completamente pela internet e aqui vou passar o caminho percorrido para isso.

Obs.1: Incialmente, é necessário dizer que, apesar de ser muito simples e muitas vezes mais barato montar uma viagem através da net, isso é algo bem trabalhoso. A pessoa tem que dispor de tempo, muita boa vontade, conhecer um pouco de inglês e também um pouco sobre o lugar que deseja visitar. Só assim você conseguirá fechar bons negócios sem cair em nehuma cilada. Eu geralmente começo a namorar com um destino pelo menos 3 meses antes da viagem.

PASSAGENS: Na época não havia tantas promoções de passagens aéreas internacionais como há hoje, portanto tivemos que garimpar bastante para conseguir tarifas melhores. Foi assim que descobrimos que havia uma companhia holandesa atuando em algumas capitais nordestinas, através de vôos fretados para Amasterdã. A companhia era a Arke Fly, mas a comecialização das passagens era feita por uma agência chamada Fly Brazil (http://www.flybrazil.com/). Conseguimos uma boa tarifa para época, algo em torno de R$ 2.500,00 por pessoa, os dois trechos. Esta é uma opção que poucas pessoas procuram, mas exitem muitas companhias internacionais atuando dessa forma no Brasil. O único inconveniente é não poder parcelar a compra, já que a política de parcelamento em cartão de crédito, até onde já pude perceber, é bem brasileira.

HOTEIS: Todos os hotéis nós reservamos através do Booking (http://www.booking.com/), sem esquecer de consultar as opiniões sobre eles no Trip Advisor (http://www.tripadvisor.com/), ou sua exata localização aplicando o endereço deles no Google Maps (http://www.google.com.br/). Nunca tive uma má surpresa.

No Trip Advisor, além de opiniões sobre pessoas que já se hospedaram nos hoteis, muitas vezes você encontra fotos e pequenos filmes feitos pelos próprios hospedes o que nos traz uma visão bem realista do que vamos realmente encontrar, evitando aquela ilusão que muitas vezes são proporcionadas pelos sites dos hotéis. 

Consegui diárias de 50 euros em Paris no antigo Hôtel Des Provinces, hoje chamado All Seasons Paris XV Lecourbe (http://www.all-seasons-paris-lecourbe.federal-hotel.com/page_en_1.html) . Fotos:

Em Bruxelas pagamos 60 euros pelo charmoso Floris Avenue  (http://www.florishotels.com/Floris_Avenue_Hotel_Brussels). Fotos:

Em Londres tive a grande sorte de poder me hospedar no AP de uma grande amiga em Picadilly Circus.

Já em Amsterdã, kkkkk, quase nos demos mal, já que não fizemos reserva antecipadamente e tivemos que conseguir um hotel lá, de ultima hora. Imaginem: os dois muito cansados, depois de 11 dias de viagem e 3 países diferentes, chegando em Amsterdam já anoitecendo, com mochilas gigantes nas costas, recebendo a resposta de que não havia muitos leitos de hotéis disponíveis para aquele fim de semana em razão de dois grandes eventos que ocorriam na cidade (uma final de futebol e uma parada gay). Dessa forma, alugamos biciletas na estação de trem e fizemos a reserva no primeiro hotel que disponibilizaram (diga-se de passagem: mais caro do que a gente havia visto pela internet ainda no Brasil). Algo em torno de seus 110 euros. Segue a foto:

A única coisa realmente especial e boa deste hotel era a vista da janela do nossa quarto:

Mas, gente, não tinha ar condicionado, havia muitos mosquitos e nenhuma beleza ou conforto. Em razão disso, no dia seguinte colocamos nossas mochilas de volta nas costas, subimos em nossa bicicleta e voltamos ao ponto de serviços turísticos em frente à estação de trem para tentar um outro hotel.

Dessa vez tivemos mais sorte: conseguimos um Mercure, por nada menos que 160 euros a diária. Ressalte-se que ele não tinha a metade do charme ou do conforto que tivemos em nossas barganhas reservadas pela internet para Paris ou Bruxelas, mas era, assim como o primeiro, muito bem localizado e tinha muitas facilidades, como estacionamento, ar condicionado, banheiro amplo, serviço completo de quarto. Bom, tinha tudo que a gente tá acostumado a ter e que as grandes redes de hoteis costumam oferecer. Não tenho uma foto da frente do hotel. Só essa do quarto que, apesar da sua falta de charme, mostra a minha felicidade por tê-lo encontrado:

Na hora de reservar o hotel pelo Booking é necessário observar a política de cada hotel. Usualmente, eu só escolho aqueles que me permitem cancelar a reserva sem custo algum. Geralmente eles permitem que você cancele a reserva com até 72 horas de antecedência. E o legal é que, apesar de você ter que informar os dados do seu cartão de crédito na hora da reserva on line, eles só realmente passam o seu cartão no momento do check-out. Uma outra dica é não deixar de consultar o booking após a reserva, pois muitas vezes ocorre de aparecerem tarifas ainda melhores para o mesmo hotel com a proximidade da sua viagem. Nesse caso, nada impede que você realize a nova reserva com melhor tarifa e, em seguida, cancele a anterior.

TRECHOS INTERNOS: As viagens internas fizemos todas de trem. Compramos um passe do Eurail (http://www.eurail.com/) chamado Benelux-France, que dava direito a durante um número X de dias, nos locomover quantas vezes quiséssemos entre os seguintes países (Bélgica, Holanda, Luxemburgo e França). Esse tipo de passe só é possível adquirir fora da Europa, através da internet. Contudo, em caso de dúvidas, os escritórios da Student Travel Bureau - STB (http://www.stb.com.br/) também emitem os passes, mas claro, mediante o pagamento de uma taxa adicional. Através do site do Eurail você faz o pedido e paga com cartão de crédito. Logo após você recebe em casa seus passes, acompanhados de livretos com todos os mapas, destinos, horários e duração das viagens. Tudo funciona muito bem.

Importante lembrar que o Eurail não trabalha com a Inglaterra. De Paris para Londres e de Londres para Bruxelas nós compramos diretamente nas estações passes da Eurostar (http://www.eurostar.com/) que é uma companhia de trem inglesa. Dica: Portadores de passes Eurail tem desconto na aquisição de pasagens Eurostar.

CARTEIRA DE ESTUDANTE: Se você já tiver passado dos 24 anos, nem adianta perder tempo e dinheiro fazendo a carteira internacional estudantil, oferecida pela STB. Eu e meu marido fizemos, porque na época cursávamos uma pós graduação. Os museus, parques e demais lugares culturais da Europa condicionam os descontos destinados a estudantes à idade do portador da carteira. Ou seja, as carteiras que fizemos não usamos para nada.

MEIOS DE TRANSPORTE: Gente, por favor, não gaste com taxi ou aluguel de veículos. Em Paris, alugue lá mesmo uma bicicleta ou ande de metrô, o que é muito fácil. E lembre-se, vc está na Europa: com você no metrô e nas ruas estará muita gente bonita e bem arrumada.

Em Bruxelas eu só andei a pé.

Em Londres compramos um Oyster Card (acho que é esse o nome). Trata-se de um cartão magnético recarregável que pode ser usado para pagar as passagens de ônibus ou de metrô. O valor debitado no cartão depende do meio de transporte escolhido.

Já em Amsterdã alugamos as bicicletas na chegada e só devolvemos na saída. Foi nosso meio de transporte durante os 4 dias que lá passamos, mas foi preciso nos acostumar com algumas particularidades: o freio da bicicleta é no pedal. Ou seja, para frear você precisa pedalar para trás. kkkkk. Isso fez com que me atrapalhasse muito até me acostumar. Outra coisa que deve ser observada é que você deve descer da bicicleta e andar empurrando-a sempre que precisar atravessar uma calçada ou estiver fora das ciclovias em meio a pedestres. Se não fizer isso com certeza escutará muito palavrão em holandês.

Mais dicas seguirão quando falarei sobre cada lugar visitado. Gente, em caso de dúvidas ou necessidade de outras dicas, basta deixar um comentário. Se eu não souber, prometo que vou procurar saber para você.