Eu sempre ouvi muito meu marido contar sobre as viagens dele pela Europa, EUA e Canadá, quando mais novo, e suas divertidíssimas experiências em albergues. Em razão disso, uma certa vez, encasquetei que ficaria em um albergue/hostel na minha próxima viagem. E assim, o fiz.
Como essa tal próxima viagem foi a minha segunda vez em Buenos Aires, saí vasculhando tudo o que tinha na internet a respeito de alberques portenhos. Acabei escolhendo o
V&S Hostel Club. Situado no microcentro, parecia um lugar bem cuidado, seguro, e charmoso. Fiz a reserva diretamente no site deles, sem custo nenhum (
http://www.hostelclub.com/). Ficou combinado que o pagamento seria realizado somente no check-in e em dinheiro (dólar). Cheguei a ler coisas negativas sobre as reservas feitas pela internet e até senti uma certa dificuldade quando tentava realizá-la porque eles demoravam a responder os meus e-mails. Mas ainda bem que deu tudo certo.
Bom, quanto a fachada, pelo site a gente imagina que se trata de um casarão em uma rua calma. Contudo, não é bem o que se encontra. Na verdade, trata-se de um prédio antigo, daqueles colados uns nos outros, como vemos muito no Rio de Janeiro. E a rua em que fica o prédio é muito barulhenta. Tem quase uma feira na frente no albergue.
O elevador do prédio, porém, é uma experiência a parte. Trata-se de um exemplar antiquíssimo. A porta é uma grade que o próprio passageiro puxa para que o elevador comece a se mover. Muito interessante!
A recepção e área comum são muito charmosas. Neste caso, as fotos do site são bem reais.
Eles têm uma televisão muito legal e grande, exemplares de filmes a disposição dos hóspedes, bem como computadores com acesso à internet a um preço justo.
Os hóspedes que lá estavam, além de mim e meu marido, também pareciam pessoas legais e as regras internas eram bem rígidas. Portanto, nada de drogas, pessoas bêbadas ou coisas do gênero.

Eu havia reservado um quarto duplo com cama de casal e banheiro privativo. Pois é, tudo bem que eu queria a animação, informalidade e clima de festa de uma albergue, mas nada que tirasse a privacidade e conforto mínimos. Vale lembrar que eu sou casada e estava com meu marido.
Mas, é importante acrescentar que o hostel também oferece quartos coletivos com acomodação em beliches.
Pela foto do quarto é possível observar que eu consegui um dos quartos da fachada do albergue. Apesar de muito charmoso e confortável ele tinha dois grandes problemas: o barulho era grande vindo da rua e a claridade que entrava pela sacada, mesmo à noite, por causa dos postes da rua, era muito intensa e dificultava o sono.

Outro problema é que como a cortina se tratava apenas de um vual de tecido branco, nem pensar em trocar de roupa ou fazer qualquer outra coisa a noite com luzes acesas, pois público não faltaria nos prédios ao redor.
Quanto à climatização, eu me recordo que tinha ar condicionado e ventilador, mas não lembro do aquecedor. E nessas épocas de frio intenso na argentina, sugiro que se certifiquem antes de se arriscar.
Também não tinha frigobar. Mas pessoal, temos que lembrar que tudo isso já está muuuito bom para um albergue. Confesso que estou sendo beeeem crítica. Mas para quem está acostumado com albergues, o V&S é um palácio.
Segunda confissão: só dormi uma noite lá. Na manhã seguinte resolvemos ir para o conforto do Palermo Suites, sobre o qual já comentei em outro post. Terminou cedo a minha aventura adolescente. Ufa!